domingo, 25 de janeiro de 2009

Tema: Chuva

Lucas era chuva.
E assim como ela adquiria a intensidade que quisesse.

Lorena Borges

domingo, 18 de janeiro de 2009

Tema: Companhia

A melhor companhia é a gente mesmo.

Túlio Magno

Tema: Companhia

A mais nova velha amiga

Hoje eu sinto uma necessidade enorme em escrever.
Mas fiquei tanto tempo sem me deparar com as letras que não sei por onde começar, há tanta coisa. Não sei se tudo começou por cousa de um avião ou de um palavrão.
Ele perdeu o avião. Ele, hoje, perdeu a razão.
Poderia ficar brava por ele não ter sido forte, mas eu não tenho o direito de julgar ninguém. Justamente eu, que, por não ter sido forte causei tantas coisas.
De qualquer maneira hoje eu decidi viver, e a cada dia dessas férias eu tenho acordado e agradescido. Abro a janela e respiro. É bom viver, por mais que doa.
Já cheguei a beira da loucura muitas vezes, e essa noite eu cheguei novamente. Mas existem várias loucuras, e essa era uma loucura boa.
Porque era libertação.
Era assumir a burrice da minha vaidade que causou isso tudo.
Poderia ficar brava por ele não ter sido forte. Mas ele foi, ele teve a coragem de colocar tudo o que se passou em papel. Eu nunca tive a coragem de escrever, e tento só agora, de maneira confusa. Quem não sabe da história talvez nunca entenda o que escrevo e essa seja somente mais um texto consfuso. Mas creio que outras pessoas já passaram o que passamos, há sempre uma certa semelhaça em toda as histórias, creio eu.
Desde do começo foi muito sobre força. Mas é esta mesmo a questão? A vida é medida por momentos em que fomos fortes e momentos em que fomos fracos? A vida não tem medida.
Assim como as dores tambem não.
Não há medidas pois não podemos calcular o seu tamanho.

Hoje eu resolvi ser diferente, parei de pensar se fui forte ou fraca. Eu fui forte quando deveria ser forte e fui fraca quando deveria ser fraca. Não é uma aceitação boba, não é conformismo, eu apenas sei que fui o que deveria ter sido. Fui Lorena quando preciso, fui filha do Luiz quando convinha ou até mesmo irmã da Laryssa. Hoje, somente hoje, eu não tenho nome. Hoje eu fiz amizade comigo mesma e me convidei pra passear.

É bom estar em paz, ser uma boa companhia para você mesma. Acho que eu deveria ter feito amizade comigo mesma ha mais tempo.
Porque, hoje, ser sozinha não dói.

Lorena Borges

domingo, 11 de janeiro de 2009

Tema: Família

Eu tenho uma estranha mania de olhar o significado das plavras no dicionário (se pudesse eu teria um monte, só pra ficar comparando definições) e por um impulso qualquer abri as páginas aleatoriamente e lá estava: família.

Família (do latim familia) S.f. 1- Pessoas aparentadas que vivem geralmente na mesma casa, particulamente pai, mãe e filhos. 2- Grupo de indivíduos que professam o mesmo credo, têm os mesmos interesses, a mesma profissão, são do mesmo lugar de origem, etc.

Então é isso? Toda essa união, cumplicidade, amizade, companheirismo, respeito, partilha, amizade, é definido assim?
A partir de hoje farei o meu próprio dicionário.

Lorena Borges

domingo, 4 de janeiro de 2009

Tema: Sentido

Não se fala em sentido. Sentido é coisa de se sentir, não de se falar. De todo jeito, por agora, eu tenho mais pra sentir do que pra falar. É coisa do tempo mesmo...



Bom mesmo é sentir o ao redor para tomar algum sentido na vida.
Sou simplista nesse sentido. Sou assim, porque já é difícil sentir... Falar sobre fica mais difícil ainda. Por agora, pelo menos é assim. Não sei se daqui há alguns anos eu tomo jeito de me entender e de sacar como que é. Felizes são os bons artistas e os sábios monges.
Mas eu sei, não faz sentido...
E que não se confundam, mas que se misturem o sentido e o sentimento. Um dia há de virar tudo uma coisa só, de sensibilidade e só.
Eu não sei, mas faz sentido...
No fundo eu sinto é tudo, do tato à intuição, uma coisa só.
Pois é só isso, confuso e pouco mesmo. Sinto muito.

Túlio Magno

Tema: Sentido

Dois dedos de vodka

Não, eu não fiquei a minha vida toda esperando um sentido para qualquer coisa. (Fecha a porta que agora é entre nós e só.) Tenho me sentido um pouco só, como se eu não soubessse a direção que deveria tomar. Então tomo vodka. É a única coisa que tem matado essa minha sede sei lá de que. Mas sem gelo, suco ou açucar, assim mesmo, vodka e só ela, transparente. Outro dia, num desses dias que a gente só quer morrer um pouco, coloquei um vinil antigo no som, sentei no sofá com uma garrafa ao lado e fiquei horas olhando o meu copo cheio daquele líquido transparente, tentando achar algum sentido qualquer em qualquer coisa. Percebi que em toda a minha vida eu havia sentido uma coisa: uma ingratidão profunda e uma solidão confortadora.

Lorena Borges